sexta-feira, 22 de novembro de 2013


Semana da Ciência e da Tecnologia


Assinalando a Semana da Ciência e da Tecnologia que decorre de 18 a 24 de novembro, sugerimos alguns eventos que vão acontecer durante o fim de semana, no Porto.
Consulte http://www.cienciaviva.pt/semanact/edicao2013/eventos.asp

A todos os curiosos pelas coisas das ciências propomos, ainda, a consulta de O MOCHO, Portal de ensino das ciências e de cultura científica  e a página da Rede Nacional de Centros Ciência Viva que integra espaços de divulgação da ciência e da tecnologia no continente e nas ilhas.

A propósito...uma biografia científica

Yuri Gagarine com Sergei Korolev
O pai do Sputnik (1)
 Quando se comemoram os 50 anos do início da era espacial, que ocorreu com o lançamento do primeiro satélite, é justo lembrar o “pai do Sputnik”, o ucraniano Sergei Pavlovich Korolev.

 Em contraste com o engenheiro alemão (depois naturalizado norte-americano) Wernher von Braun, o “pai do Saturno V” e portanto o “pai da viagem à Lua”, o engenheiro Korolev não é muito conhecido. Muita gente sabe que von Braun construiu durante a Segunda Guerra Mundial as bombas voadoras V2 que, do norte da Alemanha, espalharam o terror na Inglaterra. E sabe que foi preso pelas tropas norte-americanas e levado à força para a América, onde veio a desenvolver o poderoso foguetão que levava a nave Apollo na ponta. 

 Mas pouca gente conhece a biografia de Korolev. Pouca gente sabe que, antes de dirigir o programa espacial soviético, foi apanhado numa purga de Estaline e passou a guerra internado primeiro no Gulag da Sibéria e depois num campo de prisioneiros cujo trabalho era fazer aviões. Um dos seus colegas na prisão foi outro génio da aviação – Tupolev - de nome bem conhecido. E pouca gente sabe que a ideia da ida do homem à Lua pertenceu não a von Braun nem ao Presidente Kennedy, mas sim a Korolev. Isso nunca foi assumido pelos soviéticos porque seria uma confissão de derrota depois das estrondosas vitórias de Korolev. O primeiro engenho a alunar tinha a foice e o martelo – foi a Luna 2 em 1959. E o primeiro homem no espaço foi o russo Yuri Gagarin, a bordo da Vostok em 1961. Contudo, a União Soviética não estava em condições, no final dos anos 60, de competir na corrida humana à Lua. Em 1969, nas vésperas da missão Apollo 11, von Braun ainda receava que, nesse tempo de guerra fria, houvesse uma surpresa de última hora do outro lado. Mas não houve. 

 Uma das razões para não ter havido foi a morte prematura do engenheiro-chefe. Korolev faleceu em 1966, no auge da sua carreira, durante uma operação de rotina. O Presidente Putin prestou-lhe homenagem no início deste ano, por ocasião do centenário do seu nascimento.


FIOLHAIS, Carlos - O pai do Sputnik. In DE RERUM NATURA [Em linha]. Actual. 2008. [Consult. 2013-11-21]. Disponível em URL:<http://dererummundi.blogspot.pt/2007/10/o-pai-do-sputnik.html>.


(1) Sputnik - nome do programa que produziu a primeira série de satélites artificiais soviéticos. O Sputnik 1 foi o primeiro satélite artificial da Terra. Tinha o tamanho de uma bola de basquetebol, pesava cerca de 80 quilogramas e esteve 98 minutos em órbita à volta da Terra.





 O dia 24 de Novembro é um dia especial em que se assinala o aniversário de nascimento de Rómulo de Carvalho/António Gedeão, patrono do Dia Nacional da Cultura Científica.

Rómulo de Carvalho  (1906-1997), o professor de Ciências Físico-Químicas (para muita gente mais conhecido por António Gedeão, o poeta de “Pedra Filosofal”), é um símbolo maior da cultura científica em Portugal. Além de professor de ciências e de poeta, juntando na mesma pessoa duas sensibilidades diferentes, foi um notável divulgador científico e um historiador da ciência, da pedagogia e, em geral, da cultura portuguesa.





























terça-feira, 19 de novembro de 2013

DORIS LESSING (1919/2013)


A escritora britânica Doris Lessing, que recebeu em 2007 o Nobel da Literatura, morreu este domingo aos 94 anos.
Autora de mais de 50 romances e com uma obra diversificada, Lessing foi descrita pela Academia Sueca, que lhe atribuiu o Prémio Nobel da Literatura em 2007, como "uma épica da experiência feminina que, com ceticismo, fogo e poder visionário, sujeitou uma civilização ao escrutínio". 
Doris Tayler, que como escritora veio a adotar o apelido do seu segundo marido, Lessing, nasceu a 22 de Outubro de 1919 em Kermanshah, no Curdistão iraniano, então integrado no reino da Pérsia. O pai, o capitão Alfred Tayler, tinha perdido uma perna na primeira guerra e conhecera a futura mãe de Doris, a enfermeira Emily McVeagh, no hospital onde recuperava da amputação. Quando Doris nasceu, os pais viviam em Kermanshah, onde o ex-militar conseguira emprego, trabalhando como escriturário num banco.  
Em 1925, a família mudou-se para a colónia britânica da Rodésia do Sul, onde Tayler acreditava poder enriquecer plantando e vendendo milho. Investiu as poupanças na compra de uma grande extensão de terreno, mas o negócio revelou-se ruinoso e a família passou dificuldades. Doris estudou numa escola dominicana, em Salisbúria (hoje Harare, no Zimbabwe), mas abandonou os estudos aos 14 anos, tendo continuado a sua instrução por conta própria, lendo romancistas ingleses e russos.
Um ano depois abandona também a casa paterna e sobrevive trabalhando como enfermeira, criada, telefonista, secretária.
Com dois casamentos falhados atrás, Doris Lessing chega a Londres apenas com o filho que tivera do segundo casamento, Peter.
Nesta altura, o objetivo da escritora é publicar o seu romance de estreia, uma história situada na Rodésia e centrada numa mulher casada com um colono branco, pobre e fraco. A protagonista, espécie de Lady Chatterley inter-racial, tem uma aventura com o seu criado africano, Moses, que acabará por a matar. O romance, publicado em 1950 com o título The Grass is Singing(A Erva Canta na edição portuguesa), foi atacadíssimo na Rodésia e na África do Sul. Mesmo no Reino Unido, Doris Lessing só atinge algum sucesso comercial e consagração crítica nos anos 60, com livros como The Golden Notebook, ousada experiência ficcional em torno de uma mulher, Anna Wulf, que procura uma espécie de honestidade radical, que a liberte da hipocrisia e da anestesia emocional que vê na sua geração.
Boa parte da ficção de Lessing tem uma forte dimensão autobiográfica, e são muitos os livros que evocam a suas experiências em África, desde as memórias de infância, até às questões sociais e políticas pelas quais se interessou desde muito nova. O modo como os seus romances e contos descrevem as injustiças raciais e expõem os podres da presença colonial britânica em África fizeram com que fosse oficialmente proibida, em 1956, de entrar na Rodésia do Sul.
Da sua vastíssima bibliografia, que lhe valeu, em 2007, o Prémio Nobel da Literatura, podem destacar-se ainda O Verão antes das Trevas  (1973), a pentalogia de ficção científica Canopus em Argos  (1979-1983) ou A Boa Terrorista  (1985), relato perpassado de ironia da vida de uma militante de esquerda, no qual Lessing mostra como a fronteira entre as convicções ideológicas e a prática terrorista pode tornar-se perigosamente delgada. É ainda autora de uma série de notáveis livros sobre gatos, que misturam ficção com textos de vários géneros.
O escritor sul-africano J.M. Coetzee, que conhece bem o mundo que moldou a obra de Lessing e que a precedeu quatro anos na lista dos prémios Nobel da Literatura, chamou-lhe "uma das maiores romancistas visionárias do nosso tempo".


A Biblioteca da Fundação A LORD homenageou-a na sua rubrica Escritor do mês

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Um Poema....

Antes do fim do mundo, despertar,
Sem D. Pedro sentir,
E dizer às donzelas que o luar
E o aceno do amado que há de vir…
E mostrar-lhes que o amor contrariado

Triunfa até da própria sepultura:
O amante, mais terno e apaixonado,
Ergue a noiva caída à sua altura.
E pedir-lhes, depois fidelidade humana
Ao mito do poeta, à linda Inês…
À eterna Julieta castelhana
Do Romeu português.

Miguel Torga

O Leituras sugere...






....para novembro


A EVASÃO

Robert Muchamore

Estamos no verão de 1940 e o exército de Hitler está a avançar por Paris, obrigando à evasão de milhões de civis franceses.
No meio do caos, duas crianças britânicas são perseguidas por agentes alemães. O espião inglês Charles Henderson tenta alcançá-las primeiro, mas só conseguirá fazê-lo com a ajuda de um órfão francês de 12 anos. Os serviços secretos britânicos estão prestes a descobrir que as crianças podem ajudá-los a vencer a guerra.
A Evasão é o primeiro livro da Henderson’s Boys, uma nova coleção de Robert Muchamore, autor da saga de sucesso CHERUB.
Os livros deste autor britânico são um sucesso entre os jovens.  Segundo o próprio, tentar escrever aquilo que gostaria de ter lido aos 13 anos de idade foi a principal razão para a criação das suas coleções.
Robert Muchamore é o escritor infanto-juvenil da atualidade.

Aventura-te, também, na leitura aliciante do autor estrangeiro preferido dos jovens leitores portugueses.

TEATRO DE FANTOCHES

14 e 28 novembro | 10H30


A Girafa Maria 
de Alexandra Graça

HISTÓRIAS DE ENCANTAR

7 e 21 novembro | 10H30


A Ovelha que fazia Múuu
de Isabel Fernandes Pinto