terça-feira, 24 de abril de 2012

DIA MUNDIAL DO LIVRO



A Biblioteca da Fundação A LORD assinala esta efeméride com a habitual sessão de entrega de Prémios de Mérito aos melhores alunos do Agrupamento de Escolas de Lordelo, no ano letivo 2010/2011.
Dê-nos o prazer da sua presença e aproveite para comprar livros com preços convidativos, na montra patente no átrio do Auditório.
Auditório I 28 de abril I 15h30m

25 de Abril
38 anos depois, Abril acontece de novo
“Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo”
Sophia de Mello Breyner Andresen


Para informação sobre a efeméride, consulte:
Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra

Visita à Biblioteca Municipal Almeida Garrett

No dia 18 de abril,em vésperas da celebração de mais um Dia Mundial do Livro, a Biblioteca da Fundação A LORD convidou os alunos do Curso Profissional de Animador Sociocultural, do Agrupamento de Escolas de Lordelo, para visitar uma casa dos livros emblemática da cidade do Porto: a Biblioteca Almeida Garrett.
Recebidos pela Dra. Verónica Magalhães, os jovens puderam visitar as salas de leitura e multimédia e conhecer o funcionamento da secção infanto-juvenil bem como dialogar sobre a dinamização de atividades como a Hora do Conto e o Teatro de Fantoches, informação pertinente para a sua área de formação.
A simpatia da Dra. Verónica e o ambiente acolhedor que nos envolveu fizeram esquecer o mau tempo do exterior que não colaborou na valorização dos magníficos jardins envolventes.
A Biblioteca da Fundação A LORD cumpriu, uma vez mais, o seu objetivo de promover a cultura junto dos habitantes de Lordelo, nomeadamente no apoio ao currículo escolar dos jovens estudantes da cidade.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Bicentenário de Charles Dickens

 “Cada fracasso ensina ao homem algo que ele precisava aprender.”
Charles Dickens


Charles John Huffam Dickens (Portsmouth, 7 de Fevereiro de 1812 — Gadshill, Rochester, 9 de Junho de 1870) foi o mais popular dos romancistas da era vitoriana e contribuiu para a introdução da crítica social (as suas obras descrevem os horrores de asilos, orfanatos, escolas e prisões) na literatura de ficção inglesa. A fama dos seus romances e contos pode ser comprovada pelo facto de todos os seus livros continuarem a ser editados. Entre os seus maiores clássicos destacam-se "Oliver Twist", "A Christmas Carol" e "David Copperfield".



Dickens era filho de John Dickens, um funcionário perdulário da armada, e de Elizabeth Barrow. Educado por sua mãe, tomou gosto pelos livros. Durante três anos frequentou uma escola particular. Contudo, o seu pai foi preso por dívidas e, ainda adolescente, Dickens teve que trabalhar numa empresa produtora de graxas para sapatos.

Alguns anos depois, a situação financeira da família melhorou, graças a uma herança recebida pelo pai. Mas sua mãe não permitiu que ele saísse logo da fábrica, o que fez com que Dickens não a perdoasse por isso. As más condições de trabalho da classe operária tornar-se-iam um dos temas recorrentes da sua obra.
Em 1827, Dickens começou a trabalhar num cartório.
Em 1832, conseguiu um emprego como repórter no jornal "Morning Chronicle". Passou a publicar crónicas humorísticas sob o pseudónimo de Boz, reunidas mais tarde como "Esboços feitos por Boz". Com isso, Dickens ganhou espaço no jornal para apresentar os capítulos de "As Aventuras do Sr. Pickwick", que estabeleceu o seu nome como escritor.

A 2 de Abril de 1836, Dickens casou- se com Catherine Hogarth, com quem teve dez filhos. Dois anos depois, começou a divulgar, em folhetins semanais, "Oliver Twist" onde, pela primeira vez, apontava os males sociais da era vitoriana.

Em 1838, Dickens escreveu "Vida e Aventura de Nicholas Nickleby", e, depois, "Loja de Antiguidades" (1840), "Barnaby Rudge" (1841) e "Martin Chuzzlewitt" (1843/44.

Em 1843, publicou o seu mais famoso livro de Natal, "A Christmas Carol", ao qual se seguiriam outros, como "The Chimes" (1844), que escreveu durante uma viagem a Génova e "O Grilo da Lareira" (1845). Em 1849 publicou um de seus mais conhecidos romances, "David Copperfield", inspirado em grande parte, na sua própria vida. Aos poucos, a sua obra tornou-se mais crítica em relação às instituições inglesas: "Assim São Dombey e Filho" (1847), "A Casa Sombria" (1852) e "Tempos Difíceis".

Dickens separou-se da sua mulher em 1858. A causa da separação teria sido a atriz Ellen Ternan, que acompanhou o escritor até ao final dos seus dias.

Escreveu, ainda, "História de Duas Cidades" (1859), "Grandes Esperanças" (1861) e "Nosso Amigo Comum" (1864). Nos últimos anos de sua vida, iniciou o livro "O Mistério de Erwin Drood", mas morreu antes de concluí-lo.
O seu corpo foi sepultado na Abadia de Westminster.
Oferecemos aqui três contos em português do Brasil, disponibilizados pela Virtual Books:

Escritor do Mês | Abril 2012

Tomas Tranströmer, Prémio Nobel da Literatura de 2011, escreve sobre a morte, a história, a memória e é conhecido pelas suas metáforas. O maior poeta sueco vivo tem uma produção pequena, "não é prolixo", disse no final do anúncio o secretário da Academia, o historiador Peter Englund, embora esteja traduzido em várias línguas. Em Portugal, Tranströmer tem poemas publicados em duas antologias, uma delas chama-se "21 poetas suecos" (Vega,1987).

Tomas Tranströmer, 80 anos, psicólogo de formação, sofreu um AVC em 1990. Por isso perdeu as faculdades motoras e não consegue falar. Vive numa ilha e depois de ter ficado doente publicou três obras.


Sobre a obra de Tranströmer, o poeta e tradutor Vasco Graça Moura sublinhou “a grande força de utilização das imagens, com uma faceta um pouco surrealista”e “a grande força lírica e preocupação social” da sua poesia. Vasco Graça Moura traduziu vários poemas de Tranströmer, entre eles, um sobre Lisboa, “Alfama”, que se encontra na obra "21 poetas suecos".

É um poeta com "uma lírica e um imaginário originalíssimos, que em alguns pormenores, o aproxima dos surrealistas. A sua obra, iniciada em meados dos anos 50, parece ter raízes na poesia Modernista e Expressionista / Surrealista. É bem visível como, ao longo de décadas, ele tem vindo a apurar a linguagem poética com uma genialidade com que poucos são dotados". Em Tranströmer, os poemas "parecem suportados por uma estranha justaposição de forças primevas e contrárias; movimento e mudança, liberdade e controlo do discurso, natureza e influência humana, tudo isto faz parte das suas paisagens poéticas, que se localizam por vezes mais perto do pesadelo do que do sonho.

Mas, talvez, seja a luta entre a terra e o mar um dos seus temas preferidos, particularmente nos poemas que se referem ao Báltico ou às suas ilhas – e são muitos –, à lembrança dos lugares dos Verões da infância, numa tentativa nostálgica de reconstrução da memória.

Nos poemas de Tranströmer, as imagens poéticas abrem, por vezes, portas para estados psicológicos e para interpretações metafísicas, havendo uma espécie de 'ideia religiosa' que aflora em alguns versos.” (José Riço Direitinho,2011)