sexta-feira, 15 de abril de 2011

Férias da Páscoa

Inserida nas várias actividades que estão a decorrer nestas Férias da Páscoa, na Biblioteca da Fundação A LORD, a tarde do dia 14 de Abril, foi dedicada ao cinema.
No Auditório, cerca de 60 crianças assistiram ao filme “Como Treinares o teu Dragão”. A sessão teve inicio às 15h e foi bem animada e com direito a pipocas.
No próximo dia 20 de Abril teremos mais uma sessão de cinema, também às 15h para maiores de 4 anos e com entrada livre.

Durante a semana, continuará a decorrer o Atelier de Páscoa das 16h às 18h.



segunda-feira, 11 de abril de 2011

Férias da Páscoa

O Poema da Semana

De tarde
Naquele “pic-nic” de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão de bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, indo o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos
E pão de ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!


Cesário Verde

Poeta português, natural de Caneças, Loures, oriundo de uma família burguesa abastada. O pai era lavrador (tinha uma quinta em Linda-a-Pastora) e comerciante (estabelecido com uma loja de ferragens na baixa lisboeta). Foi por essas duas actividades práticas, úteis, de acordo com a visão do mundo do próprio Cesário Verde, que se repartiu a vida do poeta. Paralelamente, ia alimentando o seu gosto pela leitura e pela criação literária, embora longe dos meios literários oficiais com que nunca se deu bem, o que o levou, por exemplo, a abandonar o Curso Superior de Letras da Faculdade de Letras de Lisboa, que frequentou entre 1873 e 1874. Cesário Verde estreou-se, nessa altura, colaborando nos jornais Diário de Notícias, Diário da Tarde, A Tribuna e Renascença. A partir de 1875 produziu alguns dos seus melhores poemas: «Num Bairro Moderno» (1877), «Em Petiz» (1878) e «O Sentimento dum Ocidental» (1880). Este último foi escrito por ocasião do terceiro centenário da morte de Camões e é, ainda hoje, um dos textos mais conhecidos do poeta, embora mal recebido pela crítica de então, numa incompreensão geral mesmo por parte de escritores da Geração de 70, de quem Cesário Verde esperaria aceitação para a sua poesia.
A falta de estímulo da crítica e um certo mal-estar relativamente ao meio literário, expressos, por exemplo, no poema «Contrariedades» (Março de 1876), fazem com que Cesário Verde deixe de publicar em jornais, surgindo apenas, em 1884, o poema «Nós». O binómio cidade-campo surge como tema principal neste longo poema narrativo autobiográfico, onde o poeta evoca a morte de uma irmã ( 1872) e de um irmão (1882), ambos de tuberculose, doença que viria a vitimar igualmente o poeta, apesar das várias tentativas de convalescença numa quinta no Lumiar. Só em 1887 foi organizada, postumamente, por iniciativa do seu amigo Silva Pinto, uma compilação dos seus poemas, a que deu o nome de O Livro de Cesário Verde (à disposição do público em geral apenas em 1901). Dividida em duas secções, Crise Romanesca e Naturais, o livro não seguiu qualquer critério cronológico de elaboração ou de publicação. Entretanto, novas edições vieram acrescentar alguns textos à obra conhecida do poeta e organizá-la segundo critérios mais rigorosos.

Formado dentro dos moldes do realismo e do parnasianismo literários, Cesário Verde afirmou-se sobretudo pela sua oposição ao lirismo tradicional. Em poemas por vezes cínicos ou humorísticos (na linha de A Folha, de João Penha, ou de Baudelaire, de que se reconhece a influência sobretudo no tratamento da temática da cidade, do amor e da mulher) conseguiu manter-se alheio ao peso da «literatura», procurando um tom natural que valorizasse a linguagem do concreto e do coloquial, por vezes até com cariz técnico, marcando um desejo de autenticidade e um amor pelo real, que fez com que a sua poesia enfrentasse, por vezes, a acusação de prosaísmo. Com uma visão extremamente plástica do mundo, deteve-se em deambulações pela cidade ou pelo campo (seus cenários de eleição) transmitindo o que aí era oferecido aos sentidos, em cores, formas e sons, de acordo com a fórmula do próprio poeta, expressa em carta ao seu amigo Silva Pinto: «A mim o que me rodeia é o que me preocupa». Se, por um lado, exaltava os valores viris e vigorosos, saudáveis, da vida do campo e dos seus trabalhadores, sem visões bucólicas, detinha-se, por outro, na cidade, na sedução dos movimentos humanos, da sua vibração, solidarizando-se com as vítimas de injustiças sociais e integrando na sua poesia, por vezes, um desejo de evasão. Conhecido como o poeta da cidade de Lisboa, foi igualmente o poeta da Natureza anti-literária, numa antecipação de Fernando Pessoa/Alberto Caeiro, que considerava Cesário um dos vultos fundamentais da nossa história literária.

Através de processos impressionistas, de grande sugestividade (condensando e combinando, por exemplo, sensações físicas e morais num só elemento), levou a cabo uma renovação ímpar, no século XIX, da estilística poética portuguesa, abrindo caminho ao modernismo e influenciando decisivamente poetas posteriores.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Atelier de Páscoa


A Biblioteca vai realizar o Atelier de Páscoa
  • De 11 a 15 de Abril | das 16h às 18h
  • De 18 a 21 de Abril | das 16h às 18h

APARECE e DIVERTE-TE!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Exposição | Abril

Escritor do Mês - Abril 2011

O Leituras Sugere....



“As Aventuras de Maresia do Mar e Outras Histórias para Aprender”
Francisco Moita Flores
Vem conhecer a Maresia do Mar e a sua aventura marítima até chegar a Lisboa, um Rouxinol astronauta que partiu no cometa Raio de Luz, o vírus Influenza, conhecido pelos amigos por Gripe, que se vai meter em graves problemas e, finalmente, a história verídica do jantar da Assembleia Mundial dos Animais Unidos, presidida pelo gorila Cacho de Bananas…
Ao mesmo tempo, podes aprender sobre o ciclo da água, micróbios e vírus, estrelas e planetas e a alimentação dos animais.
Diverte-te a ler e a descobrir a sabedoria que cada história tem para te dar!


Histórias de Encantar - Abril

Terças | 10h30
HISTÓRIAS DE ENCANTAR
05 | Quinzinho,o caracol | Civilização Editora
12 | O Diogo quer ser futebolista | Gailivro
19 | O canto do galo | Civilização Editora
26 | Kiru, o pequeno canguro curioso | Civilização Editora

Teatro de Fantoches | Abril

                   
                            

Quem tem boca vai a Roma
Quintas| 10h30




Filme da Semana | Abril

Quartas e Sextas | 10h30

FILME DA SEMANA
01 | Piglet, O Filme | 75 Min | M/4 Anos
06 e 08 | Yakari  na Terra dos Lobos | 30 Min | M/4 Anos
13 e 15 | O Leão de Oz | 74 Min | M/4 Anos
20 | A  Aventura dos Gnomos | 75 Min | M/4 Anos
27 e 29 | Dartacão Um Por Todos e Todos Por Um | 78 Min | M/4 Anos